Em alguns países, em especial nos do chamado Terceiro mundo, como o Brasil, algumas religiões costumam alimentar a idéia de que os menos favorecidos estão mais próximos de Deus.
Este é, na verdade, um pensamento enganoso, fruto de uma herança cultural e religiosa, que visa a explorar e manter a população em condições de miséria e escravidão.
Afinal, Deus quer ser glorificado através da nossa vida, em todos os sentidos, o que não é possível através da pobreza.
As sagradas Escrituras relatam que Moisés, filho de hebreu, ou seja, do povo de Israel, foi adotado pela filha de Faraó e criado para ser rei do Egito, a nação mais poderosa daquela época.
Durante quarenta anos Deus permitiu que ele observasse de perto a nítida diferença entre os israelitas e os egípcios. o povo do Faraó levava uma vida regalada, fácil e cômoda, pois era sustentado pelo trabalho escravo do povo de Deus, que quanto mais numeroso ficava, tornava-se ainda mais miserável, oprimido e humilhado.
Consideramos repugnantes aos olhos dos egípcios, os israelitas foram confinados em Gósen, uma cidade separada da capital, especialmente construída para abrigar os escravos.
Esta mesma situação podemos observar nos dias de hoje, pois inúmeras são as nações- especialmente as das Américas Central e Sul, e da África- que têm contribuído para enriquecer cada vez mais os países do chamado Primeiro Mundo.
Esses povos na realidade são mantidos como cativos, devido aos índices alarmantes de analfabetismo, mortalidade infantil, desemprego, fome e calamidades de todos os tipos que imperam em seus países.
Moisés cresceu em meio a essa diferença e, embora fosse herdeiro do trono, cria no Deus dos hebreus; portanto, não poderia se submeter à idolatria praticada pelos egípcios.
Então, por causa da sua fé, ele abriu mão da sua posição e de todo aquele tesouro, e se revoltou contra o Faraó.
Vale salientar que durante os quatrocentos e trinta anos de escravidão, o povo hebreu foi proibido pelo Faraó de oferecer sacrifícios ao Senhor, exatamente porque ele tinha conhecimento de que o Deus de Abraão, que era o mesmo dos israelitas, manifestava-Se sempre que Lhe eram apresentadas as ofertas no altar.
Por isso, quando Moisés tomou a atitude de libertar o povo, para que pudesse oferecer sacrifícios no Monte Sinai, Faraó aumentou ainda mais a escravidão. Deus, no entanto, prometeu a Moisés:
"Portanto, disse eu: Far-vos-ei subir da aflição do Egito para a terra do cananeu, do heteu, do amorreu, do ferezeu, do heveu e do jebuseu, para uma terra que mana leite e mel. E ouvirão a tua voz; e irás, com os anciãos de Israel, ao rei do Egito e lhe dirás: O Senhor, o Deus dos hebreus, nos encontrou. Agora, pois, deixa-nos ir caminho de três dias para o deserto, a fim de que sacrifiquemos ao Senhor, nosso Deus.
Eu sei, porém que o rei do Egito não vos deixará ir se não for obrigado por mãos forte. Portanto, estenderei a mão e ferirei o Egito com todos os meus prodígios que farei no meio dele; depois, vos deixará ir. Eu darei mercê a este povo aos olhos dos egípcios; e, quando sairdes, não será de mãos vazias.
Cada mulher pedirá á sua vizinha e à sua hóspeda jóias de prata, e jóias de ouro, e vestimentas; as quais poreis sobre vossos filhos e sobre vossas filhas; e despojareis dos egípcios." Êxodo 3.17-22.
Moisés creu naquela promessa, e, por isso, enfrentou o Faraó e libertou o povo, conforme Deus tinha determinado.
O Senhor, através das pragas que enviou ao Egito, fez ainda mais nítida a diferença entre Ele e os deuses adorados pelo povo egípcios. Sim, porque Deus faz questão que haja distinção entre o Seu povo e os demais povos.
Meu amiga leitor, Ele também quer que esta diferença seja vista na sua vida sentimental, financeira, física, espiritual, enfim, em todas as áreas; Para isso, no entanto, é preciso você se revoltar, não contra as pessoas, mas contra a sua condição e as derrotas que tanto lhe têm feito sofrer.
A exemplo de Moisés, é preciso renunciar à sua vontade e se submeter às determinações da Palavra de Deus, crendo de todo o coração e manifestando isto através do seu sacrifício, para que assim Ele possa agir, de forma que todos vejam, nitidamente, a Sua glória expressa nas suas vitórias e conquistas permanentes.